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Famosos indignados com caso do adolescente vítima de bullying que foi atropelado

caso de bullying

Foi notícia no dia de ontem, 26 de maio, um menino de 13 anos foi atropelado, na passada quinta-feira, quando tentava atravessar a correr uma estrada nacional, no Seixal, para fugir de colegas que o importunavam. O vídeo caiu nas redes sociais, e acusam uma das colegas, Jéssica, que no vídeo surge a dar um murro no ombro do menino e a persegui-lo, de bullying. As imagens chocaram o país e vários famosos se têm manifestado sobre o tema.

A mãe da jovem mostrou-se indignada com a perseguição que estão a fazer à filha, acusando os pais do menino que foi atropelado de quererem denegrir a imagem da filha, “Fiquei muito transtornada sim, fiquei muito triste e muito preocupada principalmente com a criança que foi atropelada. Tivemos uma reação muito preocupada e eu tentei fazer de tudo para tentar entrar em contacto com os pais da criança… A minha filha está com a cabeça desfeita em água, está de castigo, retirámos-lhe tudo, não sei se querem que eu faça um vídeo a dar-lhe uma tareia e que ponha nas redes sociais…” disse Cláudia Barata mãe da jovem em entrevista à SIC.

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Neste momento toda a gente quer a cabeça da Jéssica, querem que ela seja punida e eu não sei o que é pretendem: se é que ela seja crucificada em direto, não faço ideia. Os pais tiveram direito de fazer uma queixa da PSP, isto vai para tribunal de menores… Tentei falar com a mãe, a mãe não quis falar comigo, toda a gente está a tentar denegrir a imagem dela… A Jéssica não é um monstro que estão a desenhar”.

Aquilo foi uma brincadeira que correu muito mal, o menino decidiu atravessar a estrada sem olhar. A minha filha tem mais de 1,75 m, mas é uma criança, tem 13 anos e não podemos considerar tudo bullying, isto é um episódio que correu muito mal, infelizmente. Os pais nunca aceitaram falar connosco” rematou a mãe de Jéssica.

Vários famosos têm recorrido às redes sociais para mostrar a sua indignação sobre o tema:

Madalena Abecassis, recorreu ao integram, para falar sobre o tema, e confessou ter sido vítima de bullying, “Vi agora uma notícia sobre bullying que me deixou inquieta. Um miúdo foi atropelado enquanto fugia de umas tipas que gozavam com ele. Podia ter sido uma tragédia. Não pude deixar de me lembrar de quando andava no liceu, um grupo de gajas foi à minha escola para nos fazer uma espera, a mim e a umas amigas.” começou por dizer.

“Por uma razão qq que fazia sentido naquelas cabeças. Como elas não estudavam lá, os contínuos não deixavam entrar. Mas elas estavam ali, coladas ao portão, todas cadelas raivosas a quererem distribuir fruta. E eu pensei “… bem, se eu não for lá fora, elas não vão desistir, irão voltar noutro dia e noutro e noutro”. Então, em frente a toda uma escola, em frente a todos os vigilantes, agarrei em mim e no que me restava de orgulho e sai sozinha pra levar na boca. Levei uns valentes 7 ou 8 chapadões de mão puxada atrás, daqueles que fazem eco, sem contestar. Sem dizer uma palavra. Sem levantar um dedo. Porque era isso que elas queriam. Que eu me virasse, que eu me defendesse.”

“Mas se o fizesse, a coisa ia acabar mal para mim. Levei para assar, em frente de gente, e só uma pessoa, em toda uma escola, foi lá buscar-me. Uma corajosa. Uma rapariga que nem sequer era minha amiga. Mas foi lá, puxou-me por um braço e enxotou-as com tanta firmeza que até eu fiquei em sentido. E a coisa ficou por ali.”

“Agora só de pensar que um filho meu pode passar por uma coisa assim, fico doente!!! Eu sei o que sou capaz de aguentar, mas os meus meninos ah! não! Não! Digo-lhes muitas vezes: se virem alguém a tratar mal outro menino, vão fazer queixa, vão lá defendê-lo, façam o que for preciso para não deixar que isso aconteça. E espero que eles me oiçam e que, principalmente, não presenciem este tipo de coisas. Não sofram esse tipo de coisas. Não façam esse tipo de coisas. Não excluam, não gozem, não sejam maus. Aceitem os outros como eles são. Que sejam melhores do que eu fui. Que tenham valores. Que lutem por eles!Eu que saiba que alguém sequer toca num fio de cabelo de qualquer um dos meus 4 filhos. Eu que saiba.” rematou Madalena.

Quem também não ficou indiferente foi Diogo Piçarra, que se mostrou indignado com a mãe da jovem “agressora”, “A senhora tem razão. A sua filha não fez bullying, foi uma tentativa de homicídio.”

https://twitter.com/diogopicarra/status/1397554444041170944?s=20

Nuno Markl também se mostrou indignado com as imagens de bullying ao jovem de 13 anos e nas redes sociais, falou sobre o tema, abordando também a história de Manuel Moreira, que também ele, recentemente recebeu vários vídeos com insultos, de jovens a “gozar” com a sua orientação sexual.

No espaço de poucas horas vimos miúdos imbecis a fazer bullying de Internet ao actor @manelmoreira e miúdos imbecis a fazer bullying na rua a este miúdo, que acabou atropelado por um carro à conta disso (a história podia ter acabado ainda pior). Claro que, enquanto adultos, podemos sempre sacudir a água do capote e dizer “realmente os miúdos nestas idades são cruéis e estúpidos”. Só que miúdos são filhos de adultos, e são adultos que temos visto, cada vez mais, a usar sites de jornais e redes sociais para agredir o próximo, naquilo que parece um crescendo de ódio e intolerâncias várias – homofóbicas, racistas, ideológicas.” começou por dizer Nuno Markl.

“Algumas apenas clubísticas, mas ódio. Ódio, ódio, ódio. Acho que nunca se odiou tanto neste país. Consultem o Instagram do @radar_de_acefalos – é uma montra assustadora. Nós nunca fomos merecedores do epíteto de “país de brandos costumes”. Isso é uma velha e bafienta falácia que significa apenas que fomos, pelo menos até chegar a Internet, um país de ódio visceral reprimido, prestes a rebentar por algum lado (e ocasionalmente a rebentar sob a forma de “tradições” como a violência doméstica).” 

“Bullying sempre houve (eu que o diga), e até concordo com o Chris Rock quando diz que agradece aos seus bullies uma certa carapaça que o preparou para as agruras da vida. É verdade. Mas caminhamos para uma cultura de ódio vivo que é normal que passe de pais para filhos – a chamada “educação”. Os miúdos são, de facto, uns imbecis – porque, muito provavelmente, adultos andam a treiná-los para isso. Alguns activamente; outros por negligência, preguiça ou desinteresse.” rematou Nuno Markl.

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