Esta manhã, 24 de fevereiro, o mundo acordou com a triste notícia que a guerra na Ucrânia começou durante esta madrugada. A Rússia invadiu a Ucrânia e foram registadas fortes explosões em pelo menos cinco cidades ucranianas, incluindo na capital, Kiev.
António Costa falou ao país esta manhã, da situação na Ucrânia após uma reunião com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, o ministro da Defesa Nacional e o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, que decorreu no Palácio de São Bento, em Lisboa.
“Gostaria de reafirmar a condenação veemente por parte de Portugal da ação militar hoje desencadeada pela Rússia sobre o território ucraniano. Nesta reunião, tivemos oportunidade de ouvir uma informação detalhada por parte do Almirante Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas que será agora transmitida ao Presidente da República e, depois, ao Conselho Superior de Defesa Nacional” começou por dizer António Costa.
“Durante o dia de hoje, teremos reuniões do Conselho Europeu onde a questão essencial será das medidas de sanções a aplicar à Rússia na decorrência desta ação. Por outro lado, está reunido o Conselho do Atlântico-Norte, ao nível de embaixadores, que definirá qual é a medida de empenho de forças de dissuasão que a NATO adotará para proteger todos os países da NATO que têm fronteira com a Ucrânia ou que estão no conjunto de toda uma vasta região que se estende da Islândia à Turquia” acrescentou o Primeiro-Ministro português.
António Costa garantiu que a Nata não vai intervir: “Convinha ficar claro que a NATO não intervirá nem agirá na Ucrânia e a posição que a NATO terá – e em que as forças portuguesas poderão estar empenhadas – serão de missões de dissuasão em particular junto dos países da NATO que têm fronteira com a Ucrânia“.
“Queria também dar uma palavra de confiança à comunidade ucraniana que reside em Portugal, dizer-lhes que contarão com toda a nossa solidariedade, que têm sido muito bem-vindos a Portugal […] Em nome de toda a humanidade, a Rússia pare o ataque, retire as suas forças e dê espaço para que o diálogo diplomático prossiga de forma a garantir a paz e a segurança no conjunto da Europa e, naturalmente, também da Rússia” apelou António Costa.
Veja o vídeo com as declarações do Primeiro-Ministro:
