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Zé Manel compõe música dedicada a Maria João Abreu: “Amar-te João”

Zé manel e Maria João Abreu

Maria João Abreu faleceu na passada quinta-feira, 13 de maio. A notícia deixou o país de luto, e os familiares e amigos da atriz devastados, com perda prematura da atriz. As homenagens à atriz multiplicam-se nas redes sociais, na televisão e no teatro.

Zé Manel compôs uma música em homenagem a Maria João Abreu, um tema tocante e emocionante, o músico mostrou a sua indignação com a perda tão prematura da atriz, que ainda tinha tanto para nos dar.

O músico partilhou o tema nas redes sociais e escreveu na legenda um longo texto com uma reflexão sobre a perda de Maria João Abreu.

“Amar-te, João. Não sei explicar-vos de que forma a partida da Maria João Abreu mexeu comigo. A verdade é que tenho a perfeita noção de que não sei lidar com a morte. Com excepção dos meus avós, só quando o meu Pai me deixou consegui ganhar outra noção de finitude e perspectiva do tempo, bem como do que com ele fazemos. A morte da João acicatou em mim a mesma revolta que senti quando terminei de ver o filme Variações. Que raio de gente somos nós que ignoramos em vida para celebrarmos após a morte? Hoje, todos sabemos a falta que Maria João Abreu nos faz.” começou por dizer o músico.

” Pelas memórias que nos deixou, pela sua transversalidade e pela humanidade com que tratava aqueles com quem se cruzava. As verdadeiras estrelas não se comportam como tal e é isso que faz delas pessoas de excepção. Isso faz-me questionar porque é que só há coisa de três ou quatro anos Maria João Abreu foi protagonista de uma novela em horário nobre. Por acaso, líder de audiências. Podíamos não ter ido a tempo. Não acham que lhe devíamos muito mais? Isso faz-me pensar noutras pessoas como o Luís Represas, a Serenela Andrade, o Carlos Cunha, a Isabel Angelino, a Dulce Pontes, o Carlos Areia, que fazem parte da nossa cultura, são familiares de todos nós e constantemente são preteridos em prol de novatos sem qualquer experiência ou mérito, numa geração em que a idade parece assustar mais do que a falta de brio e todos fazemos apologia de uma frescura falaciosa que pouco conteúdo trás.”

“Que a João nos permita pensar que não gostaríamos que estes e tantos outros possam partir sem terem tido a oportunidade de viverem com a grandeza que têm, para darmos lugar a quem ainda muita sopa tem que comer. Bem sei que cobrarão menos e estarão dispostos a fazer mais. Naturalmente que certos nomes e carreiras não se constroem para que façamos o mesmo que fazíamos há dez anos por um terço das condições…não sei. Pensem nisso. Se calhar temos que reduzir em número para aumentar em qualidade e realmente recompensar, justamente, quem o justifica. Quem o público conhece, ama e aplaude. Que não seja depois da morte. Ela já cá não está para ouvir esta…mas eu fi-la para ela. Os meus sentimentos ao @jrgsoares ao @joseraposoofficial e aos filhos.” rematou Zé Manel.

Ora veja o tema “arrepiante” que Zé Manel compôs em homenagem a Maria João Abreu:

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