Big Brother

Susana Areal defende-se das críticas e acusa a produção do Big Brother de ‘manipulação’ de imagens para aumentar audiências

Susana Areal

Susana Areal expôs alegadas manipulações da produção do Big Brother para criar uma narrativa e ganhar audiências.

Susana Areal especialista em comportamento humano, tem-se mostrado bastante atenta à nova edição do Big Brother. A profiler tem saído em defesa de Nuno Brito e Dinis Almeida, que estão a ser muito criticados nas redes sociais e pelos comentadores do formato.

Esta terça-feira, 8 de abril, Susana Areal voltou às redes sociais e expôs a alegada ‘manipulação’ que a TVI faz nas imagens para criar uma narrativa e chamar mais audiências.

Na legenda da publicação, a profiler defendeu-se das críticas de que tem sido alvo: “Tenho recebido muitas mensagens carregadas de emoção. Umas elogiam, outras tratam-me como se fosse fã do “rival” ou parte da team oposta. Ganhei e perdi seguidores — tudo por causa da intensidade que um reality show desperta. E está tudo bem com isso. Acusaram-me de duas coisas: 1. Querer ganhar dinheiro com isto — Tenho uma empresa há 20 anos na área da formação comportamental. A análise de realities não é, nem nunca foi, a minha fonte de rendimento. 2. Querer um lugar na TVI — Quem me acusa disso não me conhece. Com 100kg, sem aceitar o meu corpo, e com limitações de saúde, a última coisa que quero é exposição. Nunca aceitaria estar em estúdio. Só quero continuar a fazer o que gosto, no meu canto.”, começou por dizer.

“Comento reality shows porque sempre gostei, porque analisar pessoas é o meu trabalho e paixão, porque detesto injustiças e porque acredito que é importante mostrar o que não é dito. Comecei no BB2020, quando vi a produção criar heróis e vilões à força. Defendi o Daniel Monteiro — disseram que ele seria agressivo com a Iury, e hoje vê-se o contrário: ele trata-a como uma princesa. Falo porque quero trazer análise com base, não fanatismo. E neste carrossel explico como a produção manipula narrativas, eleva uns e queima outros — tudo por audiências. Leiam com bom senso. E pensem por vocês.”, acrescentou Susana Areal.

Na publicação, a profiler ‘desmascara’ as táticas da produção para aumentar as audiências e criar uma narrativa de ‘Vilão’ / ‘Herói’ do reality show.

Um Reality Show para ser bom tem de possuir todos os ingredientes de uma boa história: amor, ciúme, raiva, guerra, vitórias, heróis e vilões. Em todos os realities, a produção faz a mesma coisa: a criação de uma narrativa. Para uma história prender, há uma técnica em storytelling chamada “A Jornada do Herói”, em que consiste: Os desafios porque o herói vai passar ao longo da história. Escolhe-se um herói; Escolhe-se um vilão; Escolhem-se os apoiantes do vilão; Os desafios porque o herói vai passar ao longo da história.”, começou por explicar a profiler.

A profiler desmascarou de seguida, qual a ‘narrativa’ que a produção está a tentar criar e expõe as alegadas manipulações nas imagens: “No armazém, a menina loirinha faz-se de vítima por não conhecer ninguém na casa… os colegas unem-se em brincadeiras…. Tinha a Carina e o Diogo mais isolados, e ambos poderiam ter sido os escolhidos. O Diogo tinha a seu favor a beleza, mas era demasiado tímido e não fazia comentários que pudessem ser usados. A Carina, mal entra na casa, começa a espalhar uma mentira, de forma excelentemente dissimulada, dizendo que a Carolina tinha dito que todas as mulheres que fossem contra ela iam sair uma a uma. A Carolina defende-se, e a produção nunca mostrou as imagens dela a dizer isto! Tinham encontrado a sua heroína!! E uma das vilãs. A Carina era salva pelo público, mostrando a aceitação, e a narrativa estava encontrada.”

Susana Areal recorda de seguida o polémico almoço do líder e que desde então, Nuno e Dinis, têm sido alvos de duras críticas: “Há um almoço dos quatro rapazes em que o Nuno comete o erro, mas quem se espalha mais é mesmo o Tiago. Nunca mostraram essas imagens… Protegem o Tiago, pois é de perto da Carina, e têm esperança que dê tudo em romance. Queimam o Dinis e o Nuno, mostrando imagens dias e dias seguidos dos dois… Apesar de tudo, a história escolhida não estava a dar audiências… Levam o assunto à exaustão, tentam que qualquer mulher diga que ficou magoada com os comentários, quando ninguém dizia…Passam para a história da intimidação, passam para a história da agressividade — era preciso desesperadamente arranjar um caso para as audiências subirem.”

“O Nuno, que é o rapaz com personalidade mais forte, que mais lutou pelo que quer, que tem o comportamento mais assertivo (mas que, quando corre mal, pode adotar comportamentos agressivos — típico de quem teve de lutar na vida), foi o alvo fácil da produção. Tudo o que disse de errado foi passado vezes sem conta. Todos dizem coisas erradas ao longo do dia; a história conta-se como se quiser, escolhendo que momentos partilhar de cada um. Da heroína selecionada, a Carina, passam imagens isolada, sozinha, passando a imagem de rejeitada que toca as emoções das pessoas. Mas poderiam escolher passar as imagens dos colegas, segundos antes, a dizer para ela se sentar ao lado deles.”, acrescentou a profiler.

Susana Areal expôs de seguida os motivos pelos quais a produção decidiu meter no jogo Luís e Adrielle: “Não mostram isso e escolhem mostrar ela no canto da mesa e os colegas longe a conversarem. O que parece? Que eles a colocam de lado. A realidade foi outra: a Carina escolheu ficar sozinha e não aceitar o convite dos colegas para se juntar. A heroína no quarto sozinha, isolada — uma vez mais, uma farsa. As colegas foram lá, ela não quis juntar-se. Que imagens passaram? Ela isolada. Assim se conta uma mentira. Nem com tudo isto as audiências aumentaram, então entram dois novos concorrentes, cada um deles com uma “bandeirinha” para chamar público: a mulher que enfrenta o machismo e o homem que protege contra a violência.”

“Nesta altura, já o público aficionado dos realities desesperava por saber quem defender com toda a sua força e quem atacar com a sua raiva. Então o Luís, ao ir contra o Nuno, deu-lhes estas emoções que tanto ansiavam. O Nuno deixou de ter hipótese de se defender — qual cordeiro sacrificado em prol das audiências. Tudo o que faz ou diz é criticado fervorosamente pelos comentadores. Ele já percebeu e não sabe como dar a volta. Duvido que lhe seja dada essa oportunidade. O protetor da heroína, selecionado para provocar o vilão, foi uma desilusão: sem capacidade argumentativa, sem saber estar (despindo-se na piscina apesar das mulheres mostrarem que não gostavam), condenando o suposto vilão e afirmando diretamente que fazia o mesmo que quando falavam durante o dia.”

A profiler voltou a reforçar a preocupação em ter Luís dentro do Big Brother e aponta as características agressivas do concorrente: “Mostrou ser uma pessoa agressiva em todos os momentos do dia, com todos os colegas, que não deixa sequer falar — muito menos contrariá-lo – mostrando em vários momentos que as coisas se resolvem pela força (inclusive pediu um ringue de boxe). Mas a produção não mostra nada disto, e o povo cá fora fecha os olhos a tudo, preferem não ver e viver a história que a produção e os seus comentadores pagos resolveram criar para eles. Não se trata de um reality show, trata-se de uma história criada, manipulada através das imagens selecionadas e da influência de apresentadores e comentadores, que é aceite por pessoas que preferem acreditar para poderem viver essas emoções fortes que são a proteção e a raiva.”

Susana Areal rematou saindo mais uma vez em defesa de Nuno Brito: “Pena que, para isso, se sacrifiquem pessoas como o Nuno, cujas reações me mostram que já deve ter lutado muito na vida para chegar até aqui. Se o Nuno é um santo? Não! É um homem real, que fala como os homens reais, que comete erros como todos nós, que diz coisas desacertadas e pede desculpa, mas que pensa nos outros, que é amigo do seu amigo, que protege, que ensina, que trabalha em prol do grupo, que os envolve para trabalharem para as provas, que sabe chamar a atenção e responsabilizar, que consegue mobilizar e ser respeitado por todos. Não merecia estar a ser sacrificado como está.”

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