Quintino Aires foi afastado do papel de comentador do Big Brother, após os polémicos comentários que fez na passada terça-feira, 14 de setembro, sobre o concorrente Bruno Almeida e a comunidade LGBTQIA+.
O psicólogo, recorreu esta tarde às redes sociais para falar dos seus comentários polémicos e teceu várias críticas à administração da TVI.
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“Olá a todos. Finalmente um tempinho para comentar as notícias. 1º gostaria de recordar que os comentários de terça-feira à noite fora sobre imagens de domingo. Quer isto dizer que tive dois dias para refletir cada palavra. E hoje, passados mais dois dias, diria exatamente o mesmo. As questões sobre a saúde de todos nós são demasiado sérias. E o esforço dos profissionais de saúde não pode ser menosprezado, nem eles difamados nem mal interpretados por alguém que não entende o que está a dizer, sem que depois haja um esclarecimento.” começou por dizer.
“Os concorrentes não têm obrigação de saber, mas se dizem coisas erradas e graves, depois é importante esclarecer. Ser homossexual não significa que me identifique com as atitudes de outros homossexuais. Somos todos muito diferentes uns dos outros. Aos 18 anos, nos complexos anos 80s, os meus pais disseram-me que só ficariam tristes se eu tivesse vergonha de mim. E com isso, tornaram-me num homem livre. Nunca senti necessidade de me incluir em ghettos, como o que chama “comunidade gay”. Não me autoexcluo, porque me considero equivalente a qualquer pessoa. Que outros o façam, é opção própria, que não tenho que partilhar. De igual em relação à chamada “marcha do orgulho”. Assim como não tenho vergonha, também não tenho orgulho. Ser homossexual não me torna nem menos, mas também nem mais, do que qualquer outra pessoa. Tenho, isso sim, o direito de sentir vergonha das imagens que vejo. Tenho direito! E também o direito de o dizer. Não o faço por rotina.” continuou Quitino Aires.
Quanto ao comentário sobre o concorrente Bruno: “Mas quando me contratam para comentar fenómenos sociais e comportamento, é próprio que o diga. Ainda sobre a noite de terça-feira, usar a palavra “bicha” em 2021 em Portugal, só é entendido como ofensivo por alguém com limitação cognitiva ou séria perturbação da personalidade. Eventualmente, apenas para fazer birra.”
De seguida, Quintino Aires falou do afastamento da TVI, tecendo algumas críticas à direção da estação, ressalvando Cristina Ferreira de qualquer responsabilidade: “Relativamente ao meu afastamento da TVI, estação que contribui à sua construção durante 24 anos, ainda no tempo em que era apenas um barracão antigo armazém industrial, é evidente que nada teve a ver com esta terça-feira. Quando na primavera do ano passado eu saí, tomei a decisão porque não me deixavam ir a antena. Tenho para mim, mas apenas uma suposição, que as minhas duras críticas ao senhor ministro Eduardo Cabrita, num momento em que o Governo dá 3 milhões à TVI, possa estar relacionado. Mas isso sou apenas eu a pensar.”
“Com o regresso da Cristina quis dar o benefício da dúvida. Mas resolvi dizer-lhe em fevereiro que me vinha embora. Estava tudo igual. Em agosto chamaram-me para ajudar nas audiências do “Amor acontece”. Voltei e fui ficando. E ontem os twitteiros foram usados para a administração mostrar à Cristina quem manda na TVI. Triste administração, que se esconde como ratos. Sou, e continuarei a ser, o Homem Livre que os meus pais e avós fizeram. E por isso aqui partilho uma cópia da imagem que um dia amigos catalãs me ofereceram. “Vale mais morrer de pé, do que viver ajoelhado”. ” rematou Quintino Aires.