Pedro Chagas Freitas mostrou-se em ‘choque’ com a tragédia do elevador da Glória e deixou sentida mensagem aos familiares das vítimas.
O acidente ocorrido esta quarta-feira, 3 de setembro, com o Elevador da Glória, em Lisboa, deixou o país em choque. O descarrilamento do elevador causou 15 mortos e 23 feridos, dos quais cinco em estado grave.
Pedro Chagas Freitas não ficou indiferente à tragédia que ocorreu em Lisboa e deixou uma sentida mensagem aos familiares e amigos das vítimas e apontou o dedo às entidades responsáveis.
“Somos todos feitos de cartão até prova em contrário. O ferro cede, a madeira arde, a vida cai num instante, a insustentável merda da morte cai-nos em cima de repente. Algo assim não pode acabar num inquérito sem fim, num ritual de relatórios intermináveis, de investigações sem fundo e sem tecto.“, começou por dizer o escritor.
Pedro Chagas Freitas apontou o dedo às entidades responsáveis e apela à ‘obrigação moral’ para que tal não se volte a repetir: “A justiça tem de ser também prevenção. Não pode ser uma peça burocrática no teatro da impotência. Não acredito no castigo pelo castigo; acredito na obrigação moral de impedir que isto se repita. Um elevador, um símbolo da cidade, transformou-se num túmulo. O sofrimento não pode ser normalizado assim.”
O escritor rematou com uma sentida mensagem aos familiares e amigos das vítimas: “Aqui deixo um abraço apertado às famílias e aos amigos das vítimas”.
