No programa do “Preço Certo” da passada terça-feira, 29 de junho, Lenka usou um vestido que está a dar que falar nas redes sociais.
O vestido usado por Lenka motivou a jornalista Fernanda Câncio a reagir e tecer duras críticas à RTP. No Twitter da jornalista, podia ler-se: “É espantoso como é que a televisão pública continua a usar mulheres como adereços desta forma repugnante. Não há obrigações de cumprir os mínimos em termos de respeito pelos princípios constitucionais e pelos planos para a igualdade?“
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Recorrendo à ironia a jornalista voltou a atirar: “De facto, onde é que está o problema de pôr duas jarras a enfeitar de cada lado do apresentador. Há pessoas que vêem estereótipos de género em tudo, caramba. Agora é tudo sexismo, tudo sexismo. Invejosas“. “Perfeito, a encorajar as pessoas a fazerem exercício levantando bem as pernocas. tudo pela saúde, @rtppt, muito bem” acrescentou ainda.
Raquel Costa, jornalista da Magg e autora da página “A Gaja“, também reagiu à polémica e defendeu a assistente do “Preço certo”:
“No irmão mais novo e snobe do Facebook, o Twitter, o tema de ontem foi a assistente d’O Preço Certo, Lenka da Silva. A “polémica”, motivada por um vestido usado por Lenka, foi levantada por esse grande porta-aviões do jornalismo português que é Fernanda Câncio. A caríssima e distintíssima colega argumenta que a assistente do concurso apresentado por Fernando Mendes é objetificada e ai Jesus, coitada da Lenka, que deve ser obrigada a trabalhar de combinação em troca de uma sandes de presunto.Ora aqui a vossa amiga, que é uma jornaleira do povão e que escreve há 15 anos sobre esses assuntos menores e indignos de prestígio e prémios (famosos e televisão), não só já conheceu a Lenka, já falou com a Lenka, como já esteve algumas vezes nos bastidores de O Preço Certo. E confirma-se: a produtora do programa não tem a Lenka enjaulada numa garagem sem janelas.” começou por dizer.
“A Lenka tem 46 anos. É assistente de um programa de televisão que é uma instituição. Nunca lhe perguntei diretamente mas tenho para mim que não vive num regime de escravatura e é paga, com direito a descontos e essas cenas legais todas. E faz efetivamente o seu trabalho, não se limita a tuitar sobre o Mário e a gozar quando ele vira mal a placa dos preços” defendeu Raquel Costa.
“Ao contrário de outros formatos (que a minha cara colega nem deve conhecer porque, como membro da elite intelectual do eixo Lisboa-Cascais, só vê streaming e a RTP2), que fazem grandes planos de cus e mamas de bailarinas que pouco mais de 18 anos devem ter, no Preço Certo os assistentes são tratados como elementos da equipa. O público do programa conhece-os, sabe os seus nomes, acarinha-os como o faz a Fernando Mendes” rematou.
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