Jorge, ex-concorrente de “O Amor Acontece”, esteve esta tarde, 15 de julho, à conversa com Manuel Luís Goucha. O reformado, recordou o passado de violência doméstica que viveu com o pai e com a mãe. Jorge falou ainda da sua participação no daiting show da TVI e o que correu mal com Ide.
O ex-concorrente de “O Amor Acontece” começa por afirmar que não teve infância, que essa foi-lhe retirada pelos seu progenitores.
“Roubaram-lhe a infância? Quem?” questionou Manuel Luís Goucha. “Aqueles que me deviam ter dado [os pais]” confessou Jorge, que se emocionou e confessou que até hoje ainda tem a ferida aberta: “Há feridas que não fecham. As faltas de amor, de carinho, de beijos, de afecto que eu nunca tive não dá para fechar”.
Jorge contou que o pai usou o dinheiro que a mãe recebeu de herança e gastou em hotéis, casinos e desapareceu durante dois anos: “Desapareceu e só voltou para Portugal, quando no casino de Montecarlos [acabou o dinheiro] e puseram-no num comboio para Portugal e apareceu lá em casa com uma mão à frente e outra atrás.”
Foi então que Jorge recordou alguns dos momentos de terror que vivenciou na sua infância, “Ele [pai] estava com o cigarro aceso e apagava nas pernas da minha mãe”. Aos 4 anos, Jorge presenciou o pai a estrangular a mãe e acabou por morder o pai para salvar a mãe, “Eu fui direito ele, eu finquei-lhe os dentes com toda a força, penetrou no pijama, penetrou na carne, o homem deu um grito e largou-a. Mas depois pegou em mim e pregou-me um murro, eu devo ter andado uns 10 metros pelo ar, só quando é que bati contra a porta da rua é que parei no chão, fiquei com o nariz partido, fiquei com um braço partido.”
Jorge recorda que foi nesse momento que a mãe reagiu e que acabou por bater no pai com uma garrafa de petróleo. Depois de serem socorridos no hospital acabaram por fugir para Lisboa. Mais tarde, Jorge recorda que teve que voltar a viver com o pai, após ter sido abandonado pela sua mãe.
“Meu menino, a tua mãe separou-se de mim por tua culpa, e a porrada que eu não dei à tua mãe nestes anos todos agora vai levá-la.” recordou Jorge as palavras do pai, quando voltou para sua casa, com quem viveu maus tratos durante 12 anos.
Jorge recordou ainda o momento em que a mãe lhe pareceu à porta, quando ele já tinha 35 anos.
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