Rogério Samora encontra-se internado no Hospital Amadora-Sintra, desde o passado dia 20 de julho, após ter sofrido uma paragem cardiorrespiratória. Sabe-se que o estado do ator é “muito grave” e o “prognóstico reservado”. O primo do ator, Carlos Samora, tem atualizado nas redes sociais o estado de saúde do ator, que se mantém “estável”.
A TV Guia esteve à conversa com um neurocirurgião que explicou o estado atual de saúde do ator e os tratamentos que estão a ser efetuados para que Rogério Samora recupere.
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“Uma paragem cardiorrespiratória de 15 minutos implica um risco significativo de haver lesões cerebrais irreversíveis mas o aspeto positivo é que a paragem cardiorrespiratória foi revertida” começou por explicar o neurocirurgião Bruno Lourenço Costa. “A partir do momento em que o coração e a respiração param, o cérebro é o órgão que está em risco. Deixa de receber o sangue que precisa para funcionar e para sobreviver” acrescentou o médico.
“O pior que pode acontecer é haver lesões tão graves e irreversíveis que, em qualquer circunstância, o cérebro nunca recuperará e isso é incompatível com a vida. Aí as medidas de suporte de vida são paradas” acrescentou o Neurocirurgião, referindo-se às notícias mais recentes que davam conta que o ator pode estar em morte cerebral. Mas relembramos que o hospital desmentiu que o ator está em morte cerebral em declarações à Correio da Manhã a equipa médica desmentiu a 7 de agosto, que o ator esteja em “ morte cerebral ou coma vegetativo”. No entanto, “a situação mantém-se estacionária e estável, apesar de muito grave. O prognóstico é reservado“.
O Dr. Bruno explicou “Quem está a respirar é um ventilador e, eventualmente, algum suporte da função circulatória. São medidas extremamente agressivas. São benéficas a curto prazo mas a longo prazo também estão associadas a muitas complicações. É preciso atingir um equilíbrio entre maximizar o efeito benéfico e minimizar os efeitos negativos“.
Sobre as possíveis lesões, o médico explicou “dependem das áreas cerebrais que possam ter sido afetadas: as pessoas podem ficar com alterações emocionais, do raciocínio, da memória, da linguagem, da capacidade de mexer os braços e as pernas ou, no limite, a morte. Tudo depende do tempo e da capacidade de recuperação”.