Mãe de Patrícia conta os pormenores da morte do marido e da sua luta contra o cancro.
Patrícia Silva emocionou o país ao recordar na ‘Curva da vida’ alguns dos episódios marcantes da sua vida. A concorrente de Vila do Conde, recordou a luta contra o cancro do pai, que acabou por falecer nos seus braços e no mesmo dia a mãe estava a ser operada porque também lutava contra um cancro.
“Acabou por morrer à minha frente. Ainda me lembro dos olhos dele. Isto matou-me. Foi a coisa mais triste que me aconteceu na minha vida” contou Patrícia.
Ana Sousa, mãe de Patrícia, esteve à conversa com a TV7Dias e contou todos os pormenores da doença do marido e da sua.
“Ele chorava para fazer tratamentos, mas não lhe fizeram nada porque disseram que não havia nada que pudessem fazer. A ele foi-lhe negado tudo, chegou a um ponto em que perguntou se estava lá a fazer alguma coisa. Eles disseram que não, que só estava lá para lhe tirarem as dores. Então quis ir para casa” contou Ana Sousa.
“A minha Joana trouxe-o para ele morrer em casa. Pediu aos filhos para ir ver o mar e eles levaram-no, de cadeirinha de rodas, pois ele já não conseguia andar” recordou a mãe de Patrícia.
Ana Sousa revelou que não conseguiu se despedir do marido, pois no mesmo dia estava a ser operada: “Foi a minha operação ao cancro, que é um primário oculto. O pai dos meus filhos morreu no dia 30. Imagine os meus filhos, divididos entre o pai e a mãe“.
Poucos meses depois da morte do pai de Patrícia, deram à mãe apenas dois meses de vida, pois o cancro já tinha disseminado para o fígado e axilas, no entanto, Ana Sousa está neste momento saudável, e recorda “Os meus filhos nunca me deixaram fazer quimioterapia sozinha, nunca vou ao hospital sozinha. Por isso é que agora estou a tirar a carta de condução, porque não posso andar sempre com os outros“.
Ana Sousa revelou ainda mais pormenores sobre o internamento de Patrícia num colégio de freiras. A mãe da concorrente recordou que Patrícia fugiu algumas vezes por causa de uma paixoneta pelo vizinho, que era de famílias problemáticas. Numa das vezes Patrícia desapareceu por vários meses, pelo que os pais se viram obrigados a ir à polícia e mais tarde a tribunal.
“A juíza disse que nem lhe ia dar hipótese de ir para casa, ela tinha de ir imediatamente para o Corpus Christi, em Gaia. O meu marido morreu sem saber disso. Perguntaram-me se a queria levar para casa e eu disse que não, porque ela ia estragar o que tinha em casa. Ela precisava de uma lição, porque o pai já a tinha ido buscar mais do que uma vez e ela tornava a fugir. Eu não me arrependi” confessou a mãe de Patrícia.