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“Cristina ComVida” pode estar em maus lençóis: “TVI está com um enorme problema”

Cristina Ferreira

“Cristina ComVida” estreou a 29 de março e não tem conseguido conquistar o público. O programa de Cristina Ferreira tem ficado atrás da RTP1, ficando em terceiro lugar nas audiências.

Quase um mês depois da estreia de “Cristina ComVida”, Carlos Rodrigues fez uma análise do programa, que é possível ver na edição desta semana da TV Guia.

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A TVI está com um enorme problema às 7 da tarde. Recordemos, para benefício do espectador, a quem nos cabe servir e para quem tentamos descodificar os principais movimentos televisivos: trata-se de uma faixa essencial para a conquista do horário nobre, porque é a essa hora que uma enorme multidão de portugueses chega a casa e escolhe o canal que vai ficar ligado na sala, pelo menos até ao jornal das 20 horas, muitas vezes até ao fim do serão” começou por dizer Carlos Rodrigues.

Porque, não haja ilusões, é assim que se comporta o público da televisão generalista. Produto forte às 19 horas é meio caminho andado para a tranquilidade de um projeto – a RTP1 aí está para o provar, que praticamente só tem bons resultados nesse horário, com O Preço Certo, de Fernando Mendes, mas isso, sendo muito pouco, chega mesmo assim para dar energia e manter a cabeça à tona da água (sem O Preço Certo a média diária da RTP1 desceria uns 10% adicionais).” acrescentou.

“Ora, o fracasso de Cristina Ferreira, a bater sucessivos mínimos de audiência no ComVida, e com tendência constante de queda, cria à TVI um novelo difícil de desfazer. Para poder subir, terá de acabar com o programa, mas acabar com o programa representará o fracasso final de quem tem a responsabilidade de fazer subir o canal. “ afirmou Carlos Rodrigues.

“O problema, no momento em que escrevo, está nos 13% de share, registados quinta e sexta-feira passada. E se o resultado baixar ainda mais, aproximando-se da casa de um dígito, fruto da profunda desadequação do produto ao horário em que está? Cristina decidirá acabar com o seu próprio programa, a benefício do canal? Trata-se de uma equação irresolúvel no atual contexto da empresa. Vem aí uma tempestade perfeita: acionista e diretora de programas (que acumula com apresentadora) não é um bom ‘mix’ quando há um problema sério para resolver.” rematou Carlos Rodrigues.

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