Ana Catharina, quinta classificada do BB2020, deu recentemente uma entrevista a um site brasileiro, Hugogloss, onde falou de várias das polémicas da casa mais vigiada do país, como a homofobia, o machismo e o sexismo.
Um dos temas abordados, foi o de Ana Catharina se recusar a nomear mulheres durante o programa, e a polémica que foi gerada durante uma gala e que a ex-concorrente afirmou que preferia ser castigada do que nomear uma mulher, visto que ainda havia homens em jogo, sobre este tema a vegana conta “Eu achei essa regra sexista, achei sem noção nenhuma (…) Na minha cabeça, achava que eu seria expulsa (…) Estava pronta pra assumir as consequência (…) Meus princípios, meus valores, o que eu fui fazer lá e o que eu acho certo na vida são muito maiores do que um reality show”, afirmou.
Ana Catharina, afirmou a Hugogloss, que não se sentiu em nenhum momento discriminada, dentro da casa mais vigiada do país, mas que existia machismo por parte de alguns concorrentes e conta “Eu acho que o machismo tá entranhado na tradição mesmo, e na cultura. Já dizia o Criolo: ‘As pessoas não são más, elas estão perdidas’. Tinha muita gente ali que realmente estava perdido, reproduzindo comportamentos culturais, como se fossem cegos”.
Sobre as polémicas de homofobia, que chegaram até ao Brasil, a ex-concorrente desabafa “A gente se sente afetada quando falam coisas absurdas assim, a gente se sente triste. Quando se vai contra o amor, é uma forma de violência… A vontade é de confrontar: ‘Isso é um absurdo! Você não sabe o que você tá falando”, recordou a ex-concorrente.
Ana Catharina conta que “Tentei não julgar os que julgam… Fazer com que as pessoas percebessem que o amor não tem género, não tem idade, lugar. O amor é lindo, é mara. É desafiador fazer isso”, disse ela. “Talvez Portugal tenha essa coisa da tradição do casamento heterossexual muito enraizada… Dessa tradição, do arquétipo do casal hétero.”
Sobre a notícia do falecimento do seu pai, ainda dentro do programa, Ana Catharina conta como foi difícil receber a notícia e que ainda é difícil abordar o assunto “Eu estava completamente impotente e meu pai também não podia ter cerimônia, por causa da Covid-19” contou.
“Não podia nem viajar pro Brasil, não podia fazer absolutamente nada. Se eu fosse pro Brasil, ainda podia colocar em risco a vida da minha avó, porque eu não ia poder abraçar, não ia poder encontrar. Mas foi [difícil] e tá sendo ainda.” relembrou Ana Catharina.