Rogério Samora faleceu esta quarta-feira, 15 de dezembro, aos 63 anos, no Hospital Amadora-Sintra.
A notícia apanhou todos de surpresa, apesar de o estado de saúde do ator ser delicado desde 20 de julho, quando sofreu uma paragem cardiorrespiratória, Rogério Samora estava estável e tinha sido transferido novamente para o hospital Amadora-Sintra na passada segunda-feira, devido a um quadro de febres que não cediam.
Nas redes sociais as homenagens ao ator multiplicam-se, veja algumas das homenagens que correm as redes sociais:
“Um aplauso de todos nós para ti Rogério, de pé🤍” escreveu Lourenço Ortigão.
“Querido Rogério, descansa em paz! Para ti um enorme aplauso!” escreveu Teresa Guilherme.
“Até sempre, Rogério. 🤍 Muita força para a família e amigos.” escreveu Fátima Lopes.
“Um abraço à família e aos amigos. 🖤” escreveu Pedro Ribeiro.
“Até um dia… 😔” escreveu Flávio Furtado.
“Os meus sentidos pêsames à família, amigos e colegas de tantos anos. Rogério. 🤍” escreveu Cristina Ferreira.
“Obrigado, Rogério 🙏🏻” escreveu Daniel Oliveira.
“Querido Rogério, fica aqui guardada no coração a minha habitual mensagem de Natal. Um aplauso para o nosso querido Rogério❤️👏🏻💔” escreveu João Baião.
“Querido Rogério , não posso dizer que éramos amigos chegados mas nas alturas em que partilhamos o local de trabalho tive o privilégio de estar perto , de ter visto o que poucos viam, porque sempre foste reservado . Aos olhos mais desatentos tinhas mau feitio e até “frio” , mas não era assim de verdade , não mesmo. Educado, perfeccionista , exigente e cavalheiro como poucos. Capaz de oferecer este mundo e o outro a quem quebrasse essa tua barreira . Sempre preferiste e confiaste mais nos animais do que nas pessoas , quem sou eu para julgar isso . Acredito que viver limitado não era algo que quisesses para ti, mas isto é só uma suposição minha , acredito que estarás em paz agora . Até já Sr. Charme ❤️” escreveu Marta Melro.
“Um gajo que não deixava ninguém indiferente. Fossem quais fossem as razões. Feliz por te ter conhecido e por ter tido o privilégio de trabalhar contigo. Descansa em paz ❤️” escreveu José Mata.
“Amado Rogério. Claro que não tenho palavras. Mas cada momento fica aqui.. fica aí. Energia e frontalidade. Persistência, delicadeza. Não li o teu último texto. Disse-te: vemos isso na próxima semana. Agora não consigo. Estou cheia de trabalho. Tu: tens de abrandar. Não vais ver o texto nunca, por este andar.
E realmente já não fui a tempo. A vida antecipou-se e eu não me perdoo. São demasiadas memórias. Todas boas. Todas nossas. Nunca publiquei as nossas fotos, não vou fazê-lo agora. Ficam apenas estas duas, uma vez que a imprensa já as tinha encontrado. E tu adoravas estas imagens. E tu fizeste-me mais confiante. E tu compreendias as minhas lutas. E tu pediste-me que fosse até ao fim, recentemente, num processo difícil que tive em mãos. Fiz isso, Rogério. Fiz isso. Fiz mesmo. Não desisti. Continuarei a ser resistência. Até já!!” escreveu Conceição Queiroz, ex-namorada do ator.
“SAMORA, UM FALSO DURO. Rogério Samora, não era um doce de pessoa mas tinha uma espécie de criança grande dentro dele. Se calhar, como todos os artistas, precisava de mimo, atenção e palmas. Frontal, pagou muitas vezes o preço de dizer em voz alta o que se comentava em surdina. Falava com uma ironia que desarmava os outros. Foi um grande ator e um ator pleno. Camaleónico no cinema, magistral no teatro, profissional e eficaz na televisão onde se tornou conhecido do grande público. Faz parte de uma geração com escola, o que sempre faz a diferença, mas nunca obstruiu a chegada dos novos talentos e, mesmo não apreciando o método, gostava de os ver crescer. Era exigente e muito rigoroso na profissão. “É o meu trabalho, não uma brincadeira”, disse-me uma vez nas vésperas de começarmos um projeto em conjunto. Quase morrer em cena teria sido uma morte desejada, até feliz, que a longa agonia dos últimos meses não permitiu. A solidão deste tempo é um certo retrato da sua vida, sempre em pista própria, mesmo quando tudo parecia caminhar numa qualquer direção comum. Homem de paixões e encantos repentinos, Samora deixa obra. Num ano trágico para as artes também ele vê o pano cair antes do tempo.” escreveu Nuno Santos.