Cristina Ferreira, marcou presença no passado sábado, 28 de novembro, presença no “Jornal das 8”, onde falou sobre cyberbullying, um testemunho impressionante sobre os ataques constantes que recebe nas redes sociais e que aumentaram quando regressou à TVI.
A apresentadora, escreveu recentemente um livro, “Pra Cima de Put*” que tem como objetivo lançar o tema do bullying nas redes sociais e a reflexão sobre o mesmo, “este livro é para que a sociedade possa refletir sobre ele, para que cada um de nós, sempre que faz um comentário, saiba que pode atingir o outro“.
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Cristina denuncia muitas das ofensas insultuosas que lhe foram dirigidas, apela à discussão sobre o tema e à legislação deste tipo de comportamentos.
Durante a entrevista com José Alberto Carvalho, Cristina Ferreira revelou que todo o dinheiro gerado nas vendas do livro será entregue a instituições que se dedicam ao combate de bullying, “Mesmo que fosse para vender, todas as receitas vão ser entregues a associações que combatem o bullying. E por isso mesmo, qualquer euro que este livro possa vir a dar, não me será entregue a mim, será entregue a quem ao meu lado, a partir deste momento, luta pela dignidade de todos os outros e isso é o principal no meio de tudo isto. Estamos a falar daquilo que já está convencionado, não só na nossa constituição, como também na declaração universal dos direitos humanos. Temos todos direito à nossa dignidade, à nossa vida, à nossa privacidade, à nossa vida familiar e isso está ali, não está é aplicado na lei. E é preciso e é preciso fazê-lo” revelou Cristina Ferreira.
Cristina Ferreira emocionou-se durante a entrevista, quando falou do impacto que os constantes insultos que recebe, tem na sua família, “O meu filho ou o meu pai leem isto todos os dias. A Imprensa devia ter regulação, porque está em roda livre” afirmou emocionada.
Indignada Cristina Ferreira afirmou “Temos todos direito à nossa dignidade“, a apresentadora afirma ainda que os comentários, não são comentários “são ofensas, são injúrias.” “É uma tentativa clara de destruir a minha moral” rematou a apresentadora.
A Diretora de Entretenimento de Ficção, revelou que os insultos pioraram quando esta anunciou o seu regresso à TVI “Desde a minha saída da SIC para voltar à TVI, eu comecei a receber um sem número de comentários deste género. De comentários que eu não percebia (…) A minha passagem da TVI para a SIC não teve nada a ver com a minha passagem da SIC para a TVI novamente. Porque as pessoas não percebem porque é que eu tinha feito uma mudança, porque é que tinha corrido tão bem essa mudança e porque é que eu queria voltar. Quando não entenderam que era uma escolha minha. Que era uma escolha minha pessoal. Uma escolha em que só eu sabia o porquê. Ninguém tem nenhuma nenhuma noção do que é a minha vida e do porquê das minhas escolhas e isso faz toda a diferença“.
Cristina Ferreira, confessa que sentiu necessidade de regressar à casa mãe, “Eu voltei porque senti que era aqui o meu lugar. A minha passagem…todos nós temos o direito de achar que as nossas escolhas não foram as mais corretas por mais felizes que tenham sido durante um período de tempo, mas se eu senti por vontade própria que eu queria aqui regressar, têm que aceitar que isso aconteça. As consequências são minhas e sou eu que as tenho que pagar. Estas não. Estas não mesmo! Este livro não é uma vingança, este livro não é um caso pessoal. Este livro é, acima de tudo, para que a sociedade possa refletir sobre ele, para que cada um nós no momento em que estiver a fazer um comentário numa rede social saiba que está a atingir o outro.”
“As pessoas culpam-nos por nos correr bem” disse a aparesentdora.
“Pretendo não me calar. Essa discussão é urgente” rematou Cristina Ferreira.
